sábado, 4 de dezembro de 2010

DIGRESSÃO AO REINO UNIDO


Tal como combinado, dia 12, pelas 0,30 minutos dá inicio a uma aventura que prima pela originalidade, ou seja, nunca um autocarro da empresa, entrou em Inglaterra, nunca os seus condutores, conduziram pela esquerda bem como, nunca um Rancho Folclórico português actuou em Leicester e poucos ousaram actuar em Londres, ou seja, é um grupo predestinado.

26 horas depois, Calais exige uma paragem rigorosa para cumprimento das formalidades alfandegárias e a primeira experiência que é navegar na Seafrance para vencer o Canal da Mancha que é cumprido por este enorme ferry em 90 minutos até Dover.

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A partir de agora o desafio é para o Mário e o Rui, pois são precisas muitas milhas para chegar a Leicester em condução pela esquerda, durante 3h30min em bom ritmo e boa disposição, num sentimento global onde não se falou de fome ou sede ou de ida à casa de banho, apenas um brilho nos olhos por ver um Mundo diferente, cheio de topos de gama e de gente civilizada e amiga.

Em Leicester, começa a grande aventura diplomática desta associação, onde Homens, Mulheres e Crianças, portugueses de sete costados e que Portugal abandonou à sua sorte em 1961 nos receberam em suas casas como se a nossa amizade existisse desde a nossa infância, onde não faltou um saboroso banho e um bom pequeno-almoço e muito calor humano. Convém referir que estas digressões são ao minuto e claro depois de uma reunião para oficializar as Boas Vindas por parte da Associação Damanense de Leicester, onde toda a direcção nos aguardava e, tendo como mestre de cerimónia o nosso já conhecido e Grande amigo Drº Victor Fernandes da Associação Luso-Damanense na Índia que abriu o discurso apelando para a nossa colaboração na divulgação do trabalho que esta Comunidade está a fazer em prol da língua de Camões e das tradições portuguesas, não pretendendo de forma alguma a independência de Damão mas sim, o reconhecimento da cidadania.

Interveio de seguida o Presidente da Associação Damanense de Leicester, Senhor Luís Fonseca que reforçou mais uma vez as palavras do amigo Victor e o orgulho de receber na sua Associação, pela 1ª vez, um Rancho bem português, com produtos portugueses, (bordados da Lixa, Vinhos Verdes da Sociedade Vinhos Borges e de Terras de Felgueiras, pão de Ló, CDs e porta chaves) com uma alegre juventude, cheia de raça e de gosto por marcar a sua passagem. Da parte da direcção do RFM Lixa esteve o Presidente, a Secretária, o Tesoureiro e dois vogais que muito agradeceram e prometeram tudo fazer para regressar novamente um dia destes, bem como, quiçá, actuar em Damão – Índia.

Logo de seguida, um almoço bem Damanense que a maioria adorou, pois o picante acaba por ser agradável ao paliativo e finalmente as tão ansiadas danças que deleitaram a assistência onde se fazia notar apenas uma família de Friande que nos veio dar aquele abraço bem lusitano.

Só desta actuação estaríamos toda a tarde a escrever tal a forma como fomos recebidos e prendados com danças feitas por jovens e menos jovens que até nisso nos demonstraram o quanto é importante a cultura portuguesa nos Mundo. AO POVO DE DAMÃO e em Leicester o Rancho Folclórico apenas diz, OBRIGADO e até um dia destes.

16,30, hora dos abraços e daquela lágrima que tenta saltar pelo canto do olho, mas outra comunidade esperava por nós em Londres que dista a muitas milhas e 2h30min que se apresentaram difíceis dado ser extremamente difícil sair da linda cidade de Leicester , mesmo tendo um “batedor” o que originou que a chegada a Londres para actuar na região de Vauxall fosse para além das 20 horas, onde nos aguardava o Amigo e também responsável por esta digressão Domingos Cabeças, natural de Montalegre que imediatamente e após uma entrevista nos apresentou o representante das Comunidades Madeirenses e o Representante da Embaixada de Portugal em Londres.

Este Desfile de Dança e Trajes Folclóricos, decorreu no Clube Tradicional e teve a presença do Grupo de Amigos Populares, Grupo Típico Português, Grupo Divulgação Tradicional do Norte de Portugal, Grupo Folclórico do C. D. Cultural de Londres e do RFM Lixa a quem coube encerrar o festival com o Vira Geral e com a entrega aos convidados e grupos presentes de um CD e porta-chaves assim como o pão-de-ló da pastelaria Santos e os vinhos das adegas locais.

Este foi outro marco importante que se manteve pela noite dentro pois a Ceia foi pela 1 da manhã com Karaoke no Bar & Grill do amigo Domingos Cabeças, onde de resto viemos almoçar.

A reter, a vontade de a convite dos grupos presentes a Associação regressar a Londres para actuar nos festivais a organizar.

Um obrigado aos excelentes elementos da Associação pela excelente performance deixada, aos motoristas Mário e Rui pelo excelente desempenho e um senão, pelo erro logístico dos coordenadores de transportes da empresa que impediram o cumprimento cabal do programa, pois não foi possível parar em Paris como estava previsto como um grupo de Lixenses pretendiam.

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